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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

MARCADOR (Conto)

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Autor: Paulo César Born Martinelli Tiago Curad corria pela traiçoeira e destruidora floresta de Ventosa. Ventosa era uma cidade de interior que hoje, não se sabe o porquê, não existe mais. As pessoas se mudaram de lá sem dizer motivos e sem comentar a ninguém, os que ficaram, bom, nunca mais foram vistos. A floreta pela qual Tiago corria tinha muitas lendas, sempre lhe disseram que ela era amaldiçoada, ele nunca acreditou, cresceu brincando lá, era o lugar mais seguro para ele. Seus pés estavam terrivelmente machucados, os galhos que caiam dos grandes pinos da floresta cortavam seus pés como uma navalha. Tiago não ligava para isso, tinha que correr, ele sabia, se ficasse parado ficaria igual aos outros. Ouvia atrás de si que alguém o perseguia, seu pavor o fazia correr ainda mais rápido. A floresta, sua companheira desde sempre, o havia abandonado, não lhe dava nenhuma chance de se esconder ou simplesmente desaparecer dos olhos de seu perseguidor. Tiago sabia que seu caçador tinha olh

LEMBRANÇAS DE UM ASSASSINO (Conto)

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Autor: Grégor Marcondes Greenfield era uma cidade pequena, geralmente estava envolta em névoa. Localizada em Norrland na Suécia, era uma cidade cercada por montanhas e florestas, era perfeito para se passar às férias. Era em Norrland que ficavam os picos mais elevados da Suécia, pois lá havia o monte Kebnekaise que tinha 2.111 metros e também o monte Sarek com pouco mais de 2000 metros. A cidade de Greenfield havia sido fundada em 1859 por veteranos soldados ingleses que acharam naquele local um bom lugar para terminarem suas vidas. Era um local calmo, tudo que um soldado veterano queria. O nome Greenfield havia sido dado por um soldado chamado Steven Mantenson e significava “Verde Campo” na língua inglesa. Em 1900 havia se instalado em Greenfield uma serraria de nome Tree Peaks. A serraria trouxe novos habitantes à cidade e estava crescendo cada vez mais. Em 1940 a serraria pegou fogo, e boa parte dela foi destruída. Após isso a serraria foi desativada ficando abandonada desde entã

A CASA DOS HORRORES (Conto)

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Autor: Orfeu Brocco Eu desembarquei do ônibus e o frio estava a arrepiar minha pele debaixo da jaqueta de couro, senti uma nostalgia ferrenha dominar meu coração,chamei por meu amigo Atanael que me esperava,ele não demorou, a moto estacionou e eu subi conversando pouco sentindo o vento cortar minha face. Durante a trajetória comecei a reparar por todos aqueles lugares já conhecidos, muitas lembranças vieram a tona,até que a moto chegou ao nosso destino. Fiquei em um dos quartos,deixei minhas coisas na mochila e acendi um cigarro me perguntando : “Como será que estão todos ?”,o vento bateu nas portas levadiças fazendo-as tremerem,senti um calafrio e me deitei. O sono demorou para vir,logo que adormeci comecei a sonhar. Estava andando pelos cômodos de minha antiga casa,as paredes cheias de lodo pareciam respirar,o chão estava sujo e molhado,havia um cheiro forte no ar,era como se eu estivesse dentro de um esgoto. Enquanto eu andava os corredores iam sumindo,até que cheguei ao meu

MERCADO NEGRO (Conto)

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Autora : Paola Victória Baggio CAPITULO I: OLHOS PESADOS A rua estava deserta, Jane estava sentada no banco quando ela ouviu estranhos barulhos: -Quem está aí?-O barulho continuava. Ela estava ficando nervosa foi quando ela sentiu uma picada no braço, ela pode ver que alguém injetava com uma seringa um liquido transparente ela ouviu uma voz grossa: -Bons sonhos doçura-Ela queria gritar mas a voz não saia,a vista foi escurecendo,os olhos ficaram pesados até que ela caiu em um sono profundo,enquanto aquele homem vestido de preto colocou-a dentro do carro. CAPITULO II: O QUARTO -Onde estou... -Ela acabou de cordar estava em um quarto pequeno deitada em uma cama. -"Estou em um hospital?"-pensou Ela tentou se levantar mas não conseguia as mãos dela estavam amarradas sobre a cama. -Socorro!Tirem-me daqui! A porta se abriu um homem gordinho entrou e disse: -Hora do café senhora - ele a desamarrou e deu um sinal: -Se

A CASA 2466 (Conto)

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Autor:Willian Oliveira Na zona norte de São Paulo, existe uma casa, onde ela se encontra havia um terreno, que hoje, foi dividido dando origem a lojas e outras casas, porem a casa nunca foi demolida. Para que entenda melhor lhes contarei sua história, uma história antiga, uma tragédia que houve antes mesmo de eu nascer. Anos atrás quando minha mãe não devia ter mais de 14 ou 15 anos, naquela rua, naquela casa, morava uma família, constituída de cinco pessoas, o dono do terreno, sua esposa e seus três filhos sendo um deles ainda bebê. Um dia (não sei lhes dizer qual absolutamente) o dono do terreno entra com uma arma em suas mãos, atravessa o portão, entra pela porta da sala e olha para sua mulher durante demorado tempo, levanta a arma e dispara, um tiro certeiro, as crianças choram assustadas, o pai vai a seu encontro e, sem exitar, atira nas duas, resta apenas o bebê que chora em seu berço, ele vai em sua direção e vê seu ultimo filho, o choro de agudo forte, a cara rosada d